A Espanha declarou estado de emergência nacional nesta segunda-feira (28), após o apagão que atingiu vários países da Europa e a maior parte da Península Ibérica. A ordem foi assinada pelo ministro Fernando Grande-Marlaska.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez anunciou que o governo central assumirá a gestão da crise em Madri, Andaluzia, Extremadura e Múrcia.
Essas regiões pediram ao governo central que garanta ordem pública e outras funções. O status de emergência será aplicado nas regiões que o solicitarem, segundo o governo.
Isso porque o apagão gerou pânico na Espanha, fazendo muitas pessoas correrem para os supermercados e caixas eletrônicos de bancos, lotando as ruas com moradores desesperados para encontrar uma rede telefônica.
De acordo com Pedro Sánchez, durante coletiva de imprensa no Complexo de La Moncloa, o fornecimento de eletricidade já foi parcialmente restabelecido em várias regiões do norte e do sul da Espanha, graças às interconexões com França e Marrocos.
Ele reforçou que a situação foi provocada por uma crise no setor energético e que a prioridade do governo é “recuperar a normalidade o mais rápido possível e devolver a eletricidade aos lares espanhóis”.
Normalização "em breve"
Ainda segundo o primeiro-ministro da Espanha, o governo também está reativando ciclos combinados e centrais hidrelétricas em todo o país, o que deve permitir a normalização completa do fornecimento “em breve”.
Embora as causas da interrupção ainda não tenham sido identificadas, Sánchez ressaltou que os sistemas de segurança, saúde e transporte seguem operando sem impactos relevantes.
Ele afirmou que hospitais estão funcionando com apoio de geradores, e não há registros significativos de insegurança nas ruas.
O tráfego aéreo permanece normal, mas o ferroviário foi temporariamente suspenso por questões de segurança.
Já o sistema econômico continua operando normalmente, com pagamentos e serviços bancários eletrônicos sem interrupções, de acordo com Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha.